sábado, 18 de dezembro de 2010

Iniciando pelo fim, ou finalizando pelo começo, hoje trago apenas um ponto de vista, talvez intragável, na verdade é mais uma contradição sobre o que se vive, ou se morre, ou é na verdade apenas o meu atual ponto de vista.

D e fato me ocorre uma idéia sobre nossa [sobre/sub]vivência que é uma estrutura controversa e nada mais que inversa, pois, vendo através de minhas alucinações ,ou seriam lucidações(?),

bem ... minha [in]sanidade ainda não vem ao caso, ao foco...

Por que controversa e nada mais que inversa?

Simples, por assim de dizer, é pelo fato de nos vermos morrendo do instante em que viemos à vida e morrendo quando começamos a viver, quando na verdade o pensamento sobre isso, como eu já repeti antes, é exatamente ao contrário e controverso, pois nascemos mortos e procuramos morrer ainda vivos,

... é nessa parte que todos perguntam:

Como assim?

Ou então:

Ahn?

Acalmem seus espíritos, pois tentarei explicar.

Nascemos mortos, pois ainda não fizemos nada, logo ainda não existimos de fato, pois nada é dito de nós ou por nós que nos diferencie de qualquer um que já tenha “nascido”, temos todos a mesma cara de joelho como no dito popular, ainda nem temos a vontade ser o melhor em alguma coisa, superar alguém, ainda não buscamos ser insubstituíveis, buscaremos isso um pouco mais a frente do nosso nascimento, vemos tudo de modo turvo, pois ainda não nos acostumamos com nossos olhos e tudo esta em tons borrados e é até mesmo assustador, esse fato é comparável ao de morrer, quando sua visão some e o medo aparece...

...e alias o medo seja talvez nosso maior motivador, mas isso fica para outro assunto, outro ponto de vista...

É provável que ainda esteja perdido nesta torta explicação, tentarei me fazer entender pela comparação.

Como eu dizia,

Procuramos morrer ainda vivos, pois construímos um legado durante nossa [sobre/sub]vivência, e queremos ser lembrados por isso e por meio disto ainda estarmos vivos mesmo após todo o corpo e força terem se exaurido, em outras palavras, vivos ainda que mortos, de lhe adianta toda a sabedoria quando seu corpo não existe aqui, pra que todo o dinheiro do mundo quando pra onde se vai a moeda corrente é de fato outra, e o que se recebe é o que se paga, é somente justo e não bonificar para nós,

já para quem ficou aqui o que fizemos enquanto presentes,

...estar presente é muito diferente de estar vivo, mas isso também fica pra outro capitulo, outro ponto de vista...

Aqui, neste ponto, já não buscamos mais sermos insubstituíveis e sim incomparáveis, pois no final das contas não somos aquilo que as pessoas dizem quando estão perto de nós, somos sim parte do que elas sentem quando estamos longe, ter importância para alguém é como ter poder,” se você tiver de lembrar alguém que tem então não tem”, e para estar vivo dependemos não só de talento como também de uma pitada de acaso, ou sorte se preferir chamar, dizem que tudo está escrito mas esqueceram de dizer que não está gravado em rocha e sim na areia, logo, tudo pode mudar.

Lembra sobre o que eu disse querermos, no inicio sermos insubstituíveis e no final queremos ser na verdade incomparáveis?

Pois é, primeiro buscamos sermos incomparáveis, pois queremos a notoriedade, o reconhecimento, afinal temos de mostrar o quanto podemos ser importantes,

Já quando buscamos ser incomparáveis, queremos ter apenas o merecido respeito sobre nossas conquistas, queremos ser a base para que alguém se espelhe em nosso legado, buscamos que alguém faça melhor o que fizemos, e se alguém se guiar por nossos passos acabará fazendo com a mesma paixão com que fizemos, ser insubstituíveis é ruim pois causa desconforto em quem fica, em quem vem depois, nada supre o que fomos e ao invés de alegria cultivamos pesar desta forma, sendo incomparáveis damos a oportunidades de sermos lembrados com alegria e com a satisfação de termos alguém no futuro melhorando nosso trabalho e deixando a mesma oportunidades para os seguintes, sendo assim estaremos vivos ainda que mortos.

Apesar de confusa e desmórfica espero que essa explicação [ponto de vista] tenha sido de alguma utilidade, é assim que enxergo nesse momento, mas isso pode mudar, quem sabe...

E por falar em coisa que começam pelo fim e terminam pelo começo, é aqui que eu me apresento:

Eu me dou ao luxo de poder fazer coisas que ninguém faz ou pode fazer, pois eu não sou ninguém,

Posso também fazer coisas diferentes do que todo mundo faz, afinal não sou todo mundo,

Faço coisas que somente uma pessoa pode fazer, eu.

Eu...

Rafael de Sousa, e te conhecer é um prazer meu certamente.

Seja bem vindo!