sábado, 1 de agosto de 2009

Existiu um tempo onde eu era mais inocente,
existia um tempo onde eu acreditava cegamente nas pessoas, mesmo quando me diziam coisas bobas,
houve um tempo onde eu não precisava de nada mais do que qualquer coisa que eu encontrasse pra ser feliz, me divertir com qualquer coisa e fazer daquilo o meu mundo (ao menos pelo instante que minha mente pueril me permitia prender a atenção),
existia também a ausência de querer ser melhor que alguém, não importasse o que essa pessoa fosse,
existiu alguém que já não existe mais, houve alguém feliz, houve alguém que acreditava, houve alguém que não imaginava o que seria quando o tempo passasse,
existe alguém que ainda se engana em acreditar em alguns (?), sem pensar que ser feliz é só o que basta, esquecendo-se dos meios pra que isso ocorra,
que adiantou ser feliz por mentiras? Que adiantou acreditar sempre nas "melhores" possibilidades?

No final, em nossas vidas pessoais e públicas, não somos nem democratas, nem socialistas, nem religiosos, o que somos (o que são vocês) na verdade é oportunistas. Seus pais mentiram pra você pra que você os obedecessem, você mentiu para os seus pais pra tirar algum proveito, e assim seu amigo também irá mentir pra você, e todos no fim mentiram, afinal se o sangue é mais denso que água, e todos já mentiram ao próprio sangue, todo o resto é mais fácil, pois somos todos oportunistas.
Talvez ainda exista, aqui, alguém que ainda acredite que ainda há algo no qual se agarrar de fato, talvez seja mentira, mas se já mentimos pra tanta gente, que diferença fará mentir pra nós mesmo?
Talvez haja alguém, aqui, pra me consolar,
existiu um dia...
existiu um alguém...
alguém que não sabemos o nome...
houve inocência,
existiu também confiança,
houve inexperiência
existiu, de certo modo, esperança,
hoje... ... ...

... já não sei quem ou o que há mais.

e em mim o que há?

Muitas perguntas e respostas dadas ruins.